A Escola Nacional de Serviços Urbanos está oferecendo em sua sede, no Rio de Janeiro, no período de 7 a 11 de novembro, os cursos de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico e de Formação de Multiplicadores nas Organizações.
O objetivo do curso de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico é apresentar uma visão geral da Política Nacional de Saneamento Básico, bem como do cenário brasileiro relativo à prestação dos serviços, oferecendo subsídios à elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico, tanto diretamente pelos próprios municípios, ou a partir da elaboração de Termos de Referência para contratação de terceiros para sua elaboração, incluindo aspectos pertinentes ao adequado acompanhamento da implementação dos planos, em função de metas de curto, médio e longo prazo.
Leia a seguir a entrevista com o Prof. Pedro Pequeno, instrutor do curso junto com o advogado Marcos Paulo Marques Araújo.
Qual a importância da Política Nacional de Saneamento Básico para o setor? O que muda na prestação dos serviços?
A Lei 11.445/2007, que institui a Política Nacional de Saneamento Básico, apresenta diretrizes fundamentais para a melhoria na prestação dos serviços, visando garantir a sustentabilidade econômico-financeira, buscando a universalização com modicidade tarifária e participação e controle social. Desta forma, à medida que a prestação dos serviços atenda ao preconizado na lei federal, a expectativa é de que os indicadores de qualidade apresentem melhores resultados. Outro aspecto importante que a lei introduz é a obrigação dos serviços serem regulados por entidade com autonomia política, econômica e orçamentária, permitindo a participação da sociedade civil nos processos de decisão.
Perante a PNSB as atividades de gestão – planejamento, regulação e fiscalização -, de prestação dos serviços e de controle social devem ser tratadas ou prestadas de forma diferenciada. Você poderia comentar o porque dessa diferenciação?
A PNSB preconiza que as atividades de planejamento são indelegáveis e devem ser exercidas pelos titulares dos serviços. No entanto, os titulares podem delegar a prestação, a regulação e a fiscalização, sendo obrigatória a adoção de mecanismos de participação e controle social.
Como estão os Municípios na elaboração dos seus Planos de Saneamento?
De uma maneira geral, os municípios estão se mobilizando para elaboração de seus planos municipais, buscando recursos estaduais e federais, ou se utilizando de recursos próprios. A preocupação dos municípios reside na importância em possuir instrumento fundamental para o planejamento de serviços considerados essenciais e de natureza local, bem como pelo fato de facilitar a obtenção de recursos extra orçamentários.
Qual a necessidade de capacitação dos Municípios para o cumprimento das exigências e metas da PNSB?
De uma maneira geral, os municípios brasileiros carecem de informação, bem como de equipes técnicas e gerenciais com experiência na elaboração de documentos de planejamento setoriais, como é o caso dos Planos Municipais de Saneamento. Tanto para elaboração dos planos com equipes próprias, como também para obtenção de recursos e contratação de apoio técnico,a capacitação das equipes municipais pode ser um diferencial para a qualidade dos serviços de saneamento.
Formação de Multiplicadores nas Organizações
Sobre esse curso, a professora Dora Apelbaum revela que ele tem como meta refletir sobre as estratégias de ensino no processo de capacitação, vivenciando essas estratégias para facilitar a ação do instrutor em sala de aula; estabelecer a relação entre planejamento e avaliação das atividades de ensino; vivenciar as diferentes estratégias de ensino, utilizando adequadamente os recursos didáticos. E faz o convite: Se você deseja atuar como Multiplicador em seu Município, venha aprender conosco!
Depois de ler a entrevista da Prof. Dora, clique aqui para conhecer o conteúdo temático do curso, currículo dos instrutores e fazer sua inscrição.
O que faz um multiplicador?
O multiplicador é o profissional considerado especialista em sua área de conhecimento, que em geral faz parte do quadro de colaboradores da empresa e que atua nos programas de educação corporativa oferecidos em Projetos ou pelas Escolas de Governo. Por isso, o curso de formação de multiplicadores, para que estes profissionais possam desenvolver competências relacionadas a dimensão didática do processo de ensino-aprendizagem.
Por que o Multiplicador precisa de preparação antes de sua atuação em sala de aula?
Porque o mundo contemporâneo está marcado por avanços na comunicação e nas tecnologias da informação (TICs) que desencadearam novas formas de ensinar e de aprender e mudanças no comportamento de alunos e professores. Além disso, trata-se de educação em ambiente organizacional, no qual se almeja prioritariamente que o aluno(servidor) seja capaz de melhorar sua atuação profissional a partir do curso realizado.
Para ajustar “sua didática” às novas realidades da sociedade, que conhecimentos e competências são fundamentais?
- Como ensinar para que o participante aprenda.
- Que estratégias de ensino utilizar.
- Como planejar o curso.
- Para que fazer avaliação. O que fazer com o resultado da avaliação.
- Como escrever uma apostila para o curso.
- Como elaborar os slides de apresentação.