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IBAM incentiva mulheres mais fortes na política

Um novo programa realizado pelo IBAM é implementado. Entre os dias 05 a 16 de outubro, foi iniciada a formação ‘Mulheres Mais Fortes na Política’, com a coordenação de Angela Fontes. Trata-se de uma formação totalmente online, com a presença de mulheres do estado do Rio de Janeiro e mais outros 14 estados da federação, demonstrando que as mulheres são carentes de reflexões e práticas políticas para enfrentamento do processo eleitoral. Embora esta formação esteja acontecendo no período eleitoral, a participação das mulheres explicita o anseio por mais conversas e troca de experiências sobre o “fazer” política partidária.

Direcionada para mulheres candidatas, atuantes ou filiadas a partidos políticos do estado do Rio de Janeiro, a formação tem como objetivo impulsionar campanhas eleitorais de mulheres comprometidas com a agenda de fortalecimento da autonomia feminina. São mais de 200 inscritas. Nos webinários, na primeira etapa da formação, foram trabalhados temas como: Sistema político brasileiro e sistema eleitoral; Estratégia de comunicação para campanha (ambos ministrados pela Professora Débora Thomé); Liderança e construção de projetos políticos (ministrado pela Professora Ana Mota); Organização da campanha política (ministrado pela Professora Adriana Mota); e Políticas públicas para mulheres (ministrado pela Professora Hildete Pereira de Melo).

A respeito da formação, a Profª Hildete apresenta uma síntese do déficit democrático brasileiro quando ressalta que, durante 432 anos (1500-1932), as mulheres permaneceram alijadas do poder, sem direito de opinar na sociedade, sem cidadania, e que 88 anos após a conquista do direito de votar e ser votada ainda são apenas 12% na Câmara dos Deputados e perto de 13% no Senado Federal. Nas Assembleias Legislativas, os números não ultrapassam os 15%. Das 1.300 cidades no país, 5.300 municípios não têm representação feminina.

A professora Débora Thomé ressalta a importância da representação feminina, nos dias de hoje: “O Brasil é hoje um dos piores países do mundo em representação política de mulheres. Quando pensamos em um país em que um dos grupos não está representado, mesmo que haja vontade dele, podemos afirmar que este país tem um déficit democrático. É o caso do Brasil. Muitos passos já foram dados neste sentido nas últimas décadas para tentar reduzir esta falha, porém ainda não foram suficientes, como as cotas e o destino dos 30% do fundo de campanha obrigatório. Assim, instrumentalizar as mulheres para que elas possam disputar, dispondo de mais informações e ferramentas, é uma iniciativa que vem sendo levada adiante por diversas instituições como forma de tentar mudar o quadro atual”.

Abaixo, o infográfico nos traz alguns números apurados até o presente momento. Vemos a atuação de mulheres de todas as regiões do estado do Rio de Janeiro, a diversidade e a inclusão das mesmas.

Uma nova etapa na formação será iniciada com o programa de mentoria, que trabalhará nos períodos pré e pós eleitoral. Vale dizer que, tanto as eleitas quanto aquelas que não alcançaram o objetivo imediato, serão acompanhadas. Serão realizadas rodas de conversa durante esse período para troca de experiências, entre as mentoras e as inscritas.

 

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