Relações interpessoais, seja no interior das organizações seja entre organizações, são o mote deste número da RAM. O tema será visto sob diferentes pontos de vista. O artigo que abre a revista – “Liderança na Era da Instantaneidade: recuperando o valor do capital social” –, escrito por Paulo Roberto Motta, instiga os leitores a olhar para as noções de tempo, sociabilidade, individualismo, conexões em rede, entre outros, para rever o papel dos líderes na atualidade, revisitando a ideia de capital social. Parafraseando o autor, já não basta transferir conhecimento; é preciso absorver a sabedoria que permite gerir um futuro interligado, incerto e ambíguo.
Pela ótica das políticas públicas, o caráter inter-relacional da gestão cresce em significado quando se aborda a participação da sociedade na formulação, gestão, controle e avaliação das mesmas. O artigo de Herculis Pereira Tolêdo, que recebeu o título de “A participação enquanto mediação entre público e privado na ampliação da cidadania”, faz uma crítica das possibilidades de ampliação da cidadania na gestão da política social deixando entreaberta a porta que leva à indagação sobre a dinâmica dos movimentos sociais que podem ser cooptados, no processo de intermediação que se lhes incumbe. Como aponta o autor, práticas participativas inovadoras podem estar a serviço do conservadorismo.
Fechando o conjunto de abordagens sobre a relevância das relações interpessoais na gestão contemporânea, será vista a importância do envolvimento das pessoas na administração dos espaços onde vivem. Bernardo Mercante e Karin Segala, no artigo “De Olho no Lixo – Baía de Guanabara”, exploram a experiência do trabalho feito no campo, lidando com as alegrias e as incompletudes que rodeiam a redução do lançamento de resíduos sólidos nos corpos hídricos que deságuam na Baía. No relato, o destaque para a inclusão e o empoderamento pessoal como resultante do trabalho realizado: o crescimento individual se dá pela realização das potencialidades dos indivíduos que se apossam efetivamente do direito de viver, com protagonismo, sua cidadania.
O quarto artigo, ao tratar de assunto aparentemente tão diverso – “Derrubada dos vetos na Lei Complementar 157/2016 – Lei do ISS – primeiras impressões”, de Sebastião Rolon Neto –, no âmbito do Município vai contribuir para que os gestores possam avaliar estrategicamente o corpo normativo que surge com desafios e potencialidades para as receitas locais.
Como ocorre em todos os números, três pareceres selecionados ilustram a gama de demandas sobre a qual os analistas jurídicos do IBAM têm de se debruçar. As ementas dos pareceres ora publicados sinalizam para o momento de austeridade, restrições financeiras e necessidade de atendimento rigoroso às regras.
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