Dúvidas assolam a editoria da Ram. Será que neste número – o 290 – haverá um leitor que aprecie com o mesmo entusiasmo os quatro artigos que o compõem? Ou haverá os que não se agradem de nenhum dos textos que integram a revista? Por favor, respondam para revista@ibam.org.br. A sensação é de que a Ram se superou. Os temas são variados e a forma de apresentá-los também.
Dois artigos foram escritos por mulheres e os demais por homens, fortalecendo a noção de equidade de oportunidades para a exposição de ideias. As mulheres estão, no momento, atuando em projetos desenvolvidos pelo Ibam e os homens são pessoas vinculadas à casa há muito tempo.
Os textos produzidos pelas autoras apresentam títulos sugestivos e instigantes que despertam a curiosidade.
No caso de Jessica Ojana – A cidade nas entrelinhas – o ensaio vai tratar das apropriações do espaço público no subúrbio do Rio de Janeiro, com o objetivo de refletir sobre o papel do arquiteto urbanista no processo de transformação das cidades. Apresenta uma análise da experiência cotidiana de moradores na sua relação com o entorno que é lazer, trabalho, convivência e oportunidade de inovação e criatividade. São novas perspectivas de proposição ao fazer urbano que emergem do texto.
Andrea Pitanguy de Romani alça voo e convida os leitores a visitar metáforas sobre a aquisição do saber, com o título A garça e as boas práticas: do conhecimento individual ao aprendizado coletivo.
No texto trata do papel das boas práticas nas agendas públicas, mostrando que o seu potencial vai além da premiação em si. Políticas públicas podem se beneficiar com a identificação, o reconhecimento e a divulgação de experiências bem-sucedidas que contribuam para sua formulação e aperfeiçoamento.
A experiência específica com o Prêmio Gestão Ambiental no Bioma Amazônia, levada a efeito pelo PQGA – Programa de Qualificação da Gestão Ambiental – revela alguns elementos que podem ser úteis na formulação de premiações, em especial aquelas direcionadas para práticas desenvolvidas por governos municipais.
O terceiro artigo da revista, de autoria de François E. J. de Bremaeker, trabalha cenários, em texto denominado O desempenho dos candidatos que se elegeram Prefeitos e Vereadores em 2016. Foca no exame dos candidatos vencedores aos cargos eletivos no último pleito. Regiões geográficas, gênero, idade, ocupação e partido político compõem os fatores que estruturam os elementos deste último segmento do tríptico político que vai comandar os Municípios até 2020.
Bruno Oliveira dos Santos provoca gestores e aspirantes a compor a equipe técnica municipal ao discutir que a dispensa imotivada de empregado público tem enquadramento na Lei de Improbidade Administrativa, por violar princípios da Administração Pública e causar prejuízo ao erário público, considerando a Constituição Federal de 1988, os princípios de direito e a jurisprudência recente sobre o tema. Aberto a polêmicas, o texto traz desafios para os vários interessados, engrossando argumentos para as diferentes abordagens ao tema, construído sob o título de Improbidade administrativa por dispensa imotivada de empregado público.
Respeitando a estrutura da revista, três pareceres ilustram a gama de demandas sobre a qual os analistas jurídicos do Ibam têm de se debruçar. Os dois primeiros confluem para as questões ambientais, embora com focos diferenciados, e o terceiro vai enriquecer as decisões do campo da gestão de pessoas, em consonância com os regramentos tributários.
Caríssimos leitores, aproveitem a chegada do inverno como fator de incentivo à leitura, clique aqui, acesse o arquivo em .pdf e até o próximo número.