Mais uma importante etapa do Programa Pernambuco Trabalho e Empreendedorismo da Mulher está ocorrendo a partir de janeiro, avançando nas ações iniciadas no segundo semestre do ano passado. No dia 11 foram iniciadas as atividades do polo 3, compreendido pelo Município de Olinda, Região Metropolitana do Recife, com oficina de apresentação das mulheres beneficiadas nesta fase e também os cursos que serão ministrados pela Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais – BPW Brasill e pelo Sebrae Pernambuco, executores da iniciativa que é uma realização do Governo Federal, por intermédio da Secretaria de Políticas para as Mulheres, sob a coordenação do Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM, contando com a parceria do governo do Estado, através da Secretária da Mulher. As atividades estão ocorrendo na Universidade de Olinda e no Espaço Ciência.
Estão programados nesta etapa, que será concluída em fevereiro, os cursos: Políticas Públicas e Empreendedorismo da Mulher, Educação Financeira e Alfabetização Digital, ministrados pela BPW Brasil, e Mulher Empreendedora, Juntas Somos Fortes , Determinação Empreendedora e Aprender a Empreender, ministrados pelo Sebrae Pernambuco.
Na oficina, realizada no dia 11 de janeiro, as mulheres, público-alvo do programa, falaram um pouco sobre a realidade em que vivem e as expectativas que possuem em relação a esta iniciativa inclusiva. Tem quem disse ser uma guerreira, e que como um leão corre atrás de seus objetivos; outra, que sempre teve poucas oportunidades e, por limitação visual, muitas barreiras. A maioria, entretanto, se declara feliz pela realização do curso, num clima muito positivo, estimulando mulheres com potencial empreendedor e mulheres em situação de vulnerabilidade social em razão da renda, que são prioridades do programa que tem por objetivo “Alterar de modo significativo a inter-relação presente nos processos de desenvolvimento local e as condições de vida das mulheres no que diz respeito à ambiência produtiva, à autonomia econômica e financeira e à posição ocupada por elas no mercado de trabalho quanto à tomada de decisões”.
“O programa contribui, numa soma de esforços entre o órgão realizador, a coordenação, executores e parceiros, para o fortalecimento das mulheres pernambucanas e o seu engajamento e empoderamento cívico”, frisou Sueli. A coordenadora aponta que o governo e a sociedade civil organizada, seja no segundo e terceiro setores, estão buscando efetivamente formas de romperem com estereótipos e outros modelos danosos, que impedem que as mulheres de assumam seus respectivos protagonismos. Para isso, estimulam a habilidade, a sensibilidade, a criatividade, a potencialidade, o talento, a garra e a coragem das mulheres, para que estas passem a desempenhar seus papéis no processo de desenvolvimento socioeconômico do país.
A coordenadora do programa Trabalho e Empreendedorismo da Mulher, Rosimere de Souza, no balanço que fez da execução do mesmo em Pernambuco, relativo aos primeiros seis meses de implantação, disse que os resultados alcançados estão dentro do que foi proposto, principalmente do ponto de vista qualitativo. Já foram realizadas três reuniões de sensibilização com 100 representantes locais de nove dos 14 Municípios que serão atendidos e estão agrupados em mais quatro dos sete polos definidos. Conseguiu-se em todos eles o apoio para o deslocamento das mulheres para os cursos e as oficinas e a disponibilização de espaços para a realização das atividades. Em relação à participação das mulheres, 221 estiveram nos seminários que antecedem os cursos.
Nível Nacional
Vale lembrar que o Programa Trabalho e Empreendedorismo da Mulher é em nível nacional, e Pernambuco, da região nordeste, foi contemplado. O Programa também está sendo executado no Pará, estado escolhido da região Norte e já ocorreu no Rio de Janeiro (Sudeste), Distrito Federal (Centro Oeste) e Santa Catarina (Sul). No período de dois anos o Programa, em cada região, busca a sustentabilidade da iniciativa para que possa continuar sem os recursos do Governo Federal.
O Rio de Janeiro foi o primeiro estado contemplado. Os momentos de culminância no ano passado ocorreram no Distrito Federal e Santa Catarina. Segundo Rosimere de Souza a apresentação dos resultados aconteceram em setembro e outubro de 2010, com a participação de cerca de 300 mulheres, oportunidade em que foram colhidos muitos depoimentos que legitimaram o resultado de aumento da autoconfiança e autoestima e abertura de horizontes e das perspectivas em direção à autonomia feminina. “Houve mulheres que criaram novos negócios ou desenvolveram os existentes. Outras deram início ao acesso ao crédito”, destacou a coordenadora.